terça-feira, 13 de outubro de 2009

Sem perder a ternura jamais.






Esperei a tarde inteira por uma chuva que não veio.
Dias nublados enganam os sentimentos que trago em meu peito.
Queria ver queimar tempestades e trovões para esquecer,
a vida lá fora, a vida de medo de escrever e viver o que não pode ser.





Já não tenho força para ser quem era antes.
Nada de navalhas, pactos de sangue(...)
Não, não foi loucura nem gesto delirante.
Foi só doença desespero tranqüilizante.

Podia sofrer tranqüilo, inventando qualquer romance.
Hoje romance é pra ser vivido.
Passado em preto e branco, no presente colorido.
E o futuro é só algo á se querer, e não o quero agora.
Seja o que vier.
.
Ando descontente pela ausência do meu melhor na alta madrugada,
mas admito que acordar cedo traz novas poesias ao rumo desta estrada.
E em ver o sol nascer depois de acordar.
Não estou perdendo, continuo sonhando.

O meu corpo quente, só pede mais um dia frio.
E este vento que não traz chuva, traz em seus lapsos perfumes teus.
E resta-me um suspiro.

Plantar saudade no coração de quem se esqueceu,
é semear a angústia do trigo do pão da vida que não aconteceu.
Tento cultivar as horas dos domingos e feriados nacionais,
e vestido de amargura, na pesada armadura, prometo-te não lhe perder a ternura jamais!



João

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