sábado, 27 de fevereiro de 2010

Manhãs Vermelhas.







De todo o meu tempo.
Sempre a última vez.
Vidas estranhas...
Contas do mês...


Eu amo o mundo
É só isso que ele quer de mim
Minha solidão é natural
Como manhãs vermelhas
Como as maçãs vermelhas
Do meu rosto quando quente...

E eu sei que ainda sinto
O que já não sentes...

Mas não sou sujeito ao tempo
Eu vou viver nos anos que quiser
Te amar quando puder
E você me viverá de verdade
Em cada manhã vermelha.

João.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Passos Livres.






Quanto mais eu quis
Menos quis saber
Apegar-se a algo é perde-lo
Desistir é obter.

Então não digas que as flores já morreram
Que pela metade já tenho inteiro...




São derrotas demais
O jardim e o jardineiro
Sempre se esquecem...
de suas flores novas...


A verdade é o novo
E você sempre volta atrás
Medo de perder o que já não satisfaz

Um coração acostumado
A seguir ordens, novelas e ditados.
Já não há mais importância
E o livro então sagrado
Hoje é gosto amargo,
e o mundo é quem te leva
p´ra longe daqui...

Eu giro o mundo e faço o meu devir
Ninguém vai me dizer p´ra onde ir.




João

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Samba.


Lá vem de novo.
Outro carnaval.
Vamos celebrar nossa miséria.
Vestindo fantasias fantásticas.
Uma copa do mundo p´ra acabar com a fome da África.


É sempre assim, esqueça dos problemas...
Assista á TV, pegue um cinema,
Encha a cara no boteco da esquina,
Ou pague em dia a terapia.
Vá se adoentar pra lá!
Mundo sem saída...

Cadê minhas drogas ?
Me dê mais comprimidos,
Nesta festa que tanto une
opressor e oprimido.
Pareço tão feliz com o meu novo sedã.
Porque ninguém assume sua doença..
E os mundos não cabem no divã.



João.