quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Respirando.












Será que me perdi,
Errei o caminho e estou aqui
Tão sujeito á tua falta.
Qualquer movimento em falso
E meu peito já dispara.

Estou vivo, mas não sei onde errei.
Quando acreditei que era imune, sangrei.
Porque sentir dor é coisa de “sentidor”
que já não sabe o que fazer,
Envelheci no meu quarto
á procura de algum retrato meu , do passado.
Onde não há defeitos.

Porque ser assim quando se sabe que não é certo?
É a busca d´água no deserto
Da minha solidão

Da minha solidão
O passado é o tempo e lugar onde não existe defeito
E porque ser assim desse jeito?
Vai lá mais um dia insatisfeito e vivendo dos erros
Do meu coração.
Respirando por aparelhos
Bate no peito algo que eu já nem sei como explicar.



João

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Amante, Amigo.








Saiba que não quero que tenhas medo
Saiba que não quero ter o que temer



Toda essa liberdade é perigo
E não é o canto de amigo
Mas, talvez, o canto de quem algum dia vai odiar você.

Mas não temas...
É assim, a vida torta que me deram.
Não temas o poder de pensar no que quiser,
sem pedir licença, imagino o cheiro do teu corpo em cada vento que dobra a esquina.
Sangue e suor abstratos que correm e cobrem meu corpo de verdade.

E se fosse real?
Seria triste e bonito como sempre devem ser as coisas perfeitas.
Seríamos ungidos pelo sol da década de setenta,
Sim, eu sei, é uma insanidade,
mas ainda é melhor que o ar dessa cidade
Que me deixa cansado.
Com o coração parado,
Sem desejos de amor apaixonado,
errante e servil,
destes que não existem fora dos livros ou do canto dos poetas (...)
E eu vou para esta entrega,
sem medo de morrer.

Tive medo de viver
e da vida violenta sobrou apenas teu retrato
Prefiro o coração que me faz escravo,
Alucinado, louco e insensato,
feito Eros e Psique.

Meu motivo p´ra viver:
Você...
P´rá viver você...

P´ra viver em você!



João.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Submundo e poesia. (A Menina II)






Ela disse que acredita no amor
E o meu coração já não sabe o que é verdade ou vontade


Ela fala em coisas maiores, me deixa com este sorriso de lado
E eu já não sei se está presente todo o meu passado


Começando de novo, renascendo das cinzas
Quero uma tarde de outono
Ter banho, sonho e dormir com minha menina
Que agora está sozinha
E eu desejei ser seu pensamento
Mas te ocupar por algum tempo
Já é coisa que me faz feliz (...)


Há tempo ainda de voltar a sorrir !
Haverá outra chance de me iludir ?
Quem disse ser real tudo que está coração ?
Prefiro a loucura, ela prefere solidão (...)
Mas, eu sei, estamos juntos
No submundo da poesia
quero que estas palavras toquem os olhos da menina.






João Rodrigues.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

A Menina.




Ontem estava em queda livre
Sem limite p´ra descer.
Não que tenha me desfeito da minha melancolia.
Mesmo porque nem quero esquecer.


Mas então, entre o inverno e verão
Apareceu aquela menina.
Não podia tocar, talvez nem tenha pensado.
Mas ela me mostrou que há vida aqui do lado.
Transformou-se na fumaça do meu cigarro,
Invadiu-me o gosto eterno do meu café amargo.
E viver, agora tem outras possibilidades (...)

Esse modo violento de acreditar no que não existe.
Me persegue todo dia, é vontade que insiste.
Um devaneio torto que aumenta o calor do meu corpo.
Caiu do céu um anjo torto, e agora vou vivendo aos poucos.

Ela é musa, poema e atriz
Eu a vi dançar naquela estrela.
Entra nos meus sonhos e é filosofia.
Entra nos meus sonhos e é filosofia.
Está em toda forma de arte
A beleza feminina.
A beleza daquela menina (...)





João 17/02/11 – 02:20 AM

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Devaneios Tortos.







Eu vi tanta violência
E me cansei daqueles dias
Foi uma semana tensa
Diferente da ternura de outros dias



E eu nem sei porque
Mas já nem preocupo em saber
Você se transformou
E despida, seu tormento a tomou

Você tem raiva do quê?
Você não acredita no quê?
Você julga por querer?

E não consegue entender !!!!!!!!!!

Tudo é confusão,
Acelero forte na contra mão
Essa é minha direção
Se não quiser morrer comigo
Desvie do meu caminho
Ou jamais será ,
Motivo pra eu me lembrar
Foi poesia barata
Comprada por nada
mas ainda vale mais do que qualquer coisa em vão

E não é nada não!!!!!!!!!!



João.