O relógio que não cessa
O tempo sem significado
Marca meus horários, faz meu diário, dias no calendário
Riscados um a um...
    A nota no piano, todo fundo precisa de um pano
    E agente diz não poder
    Faz drama pra viver
    Angústia, raiva, alívio 
    Toda forma de entender 
    Toda forma de sentido
    Signos, significado, frágil, fragilizado
    Humano demasiado
    Homem cansado, calado, parado sente a vida decidir-se contra
sua vontade
    Dorme , sonha , acorda com vertigem e a razão suspensa,
falsa liberdade
    Um passado sem glórias, a culpa que força as costas
    Há a madrugada lá fora, há o agora...
    E agora?
                                                                                          João Rodrigues.  

 
 
2 comentários:
muito lindo poema! parabéns!
muito obrigado!
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