quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Você.







A música é um estado de espírito.
Não é democrática, é abstrata é o jogar-se de um abismo.


Eu dito as palavras, eu faço as leis pro meu coração,
E acuso, eu julgo eu controlo o que acontece em meu peito.
E se é falta de paixão, é amor por mim mesmo,
É um mergulho profundo num mar de esquecimento.

A música é como um velho companheiro,
É um cigarro, um trago, outra imagem refletida no espelho.
Se eu for guardar vai ser o meu fim,
Não é medo, é força que vence a morte dentro de mim.

E eu fico assim, suspenso no ar,
Lutando, buscando pelo o que ainda há de vir...
Ou nunca virá. É só insanidade e passará.

Minhas palavras podem até te tocar,
Mesmo que você não queira,
A música ressoará.
Nos teu sonhos ou na insônia de uma noite inteira.
Vai percorrer teu corpo nu num banho pela manhã.
A água trará a melodia que você não quis.
Mesmo sem saber o que seria.
Vai ficar para trás, perdido e a esmo.
A lembrança daquela canção e do seu tempo.

Um homem e um violão,
Um simples acorde faz nascer...
Não é o que será ,
ou o que seria,
é o próprio ser.
Você.(...)

Você.(...)




João.

Um comentário:

uma poetinha... disse...

"...mergulho profundo num mar de esquecimento"..."

meu estado imutável e concreto.

...
bjo