terça-feira, 3 de novembro de 2009

Com e Sem Você.







Sempre soube que levaria tempo.
Não queria aceitar.
Me afoguei em águas tão ensimesmadas quanto eu.
Olhei em volta e você não estava lá.
Não poderia estar.
Agora me salva, me resgata do mar,
e a noite me leva p´ra dançar em suas estrelas,
á quem emprestas o brilho do olhar feito em brasa.

Não queria te ter tão longe tanto tempo.
Você é a parte que me cabe neste mundo.
Todos iguais, sempre o mesmo discurso.
E vem você, muda tudo e me deixa mudo.

Nas entrelinhas do que escrevo.
Estás nos acordes do violão.
Meus dedos que correm as cordas.
Anseiam tuas mãos.
Suaves, brancas, macias.
Correm os rios de onde nascem as luas.
Correm meus dedos em tuas costas nuas.

Na noites tranqüilas que me dás,
na vigília do teu sono,
acordado estou sonhando,
ouvindo a noite acabando.

Quando amanhece e durmo,
parece outra estrada.
Parece outro mundo.
Um solo de guitarra.
Não estás aqui.

Uma melodia que não se completou,
Uma canção de ninar que deu lugar
á uma canção de amor...


João.

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