segunda-feira, 19 de outubro de 2009

A Tempestade.










Eu me lembro do seu nome,
Vindo com a tempestade vertiginosa de um furacão.

O pânico, os anti-depressivos não acalmam ventos.
Não impedem seu rastro de destruição.


Deixo uma mensagem em algum lugar seguro.
Quando chegar em casa saberá que estou longe de tudo.
Por que é melhor o homem que caminhando faz o caminho.
Procuro rosas sem espinho para deixar-te á cama quando acordar.

Não sei quando será, agora, lá fora, rosas deixaram de existir.
Foram destruídas, passíveis ao vento de lhes consumir.
Quem sabe no próximo inverno eu busco o teu inferno.
Te vejo em minhas mãos.
Destes dias naturais de fúria e contradição.

O silêncio me dirá.
E quando a tormenta passar,
você já não estará habitando em mim.
Fecharei meus olhos e ouvidos, eu não vou sentir.

E com o tempo você vai ver,
em alguma tempestade o meu nome,
nestes dias quentes de noites insones,
e invadirá teu peito,
nada acalmará os ventos,
porque ser seguro não é se conformar.



João

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