terça-feira, 27 de outubro de 2009

Eu sou. (Não serei nem fui.)





















Houve um tempo em que eu não quis acreditar
nessas coisas que se diziam “meus dias”...
Houve um tempo em que recusei
qualquer coisa que se dissesse minha, até mesmo o que sentia.
Ainda jovem minhas mentiras ditas ao vento
desintegraram-se como flores de bem-me-quer, mal-me-quer.
Foram as derrotas que me fazem hoje mais forte do que em outro tempo qualquer.

E as perdas que tive no caminho.
Quando avisavam-me que tinha perdido
não empobreceram meu espírito.
Eu não tinha mais o que perder...
E a cada passo as coisas tendem mais á serem como devem ser, eu sinto.

E eu sempre sentirei,
A cada frente fria,
a falta da sua companhia.
Mesmo sabendo que partirás á cada verão.
Nos instantes eternos em que não estás em mim.
Já que nem tudo aquilo que se sente precisa existir.
Como o tempo que não se conta mas nos faz correr.
Corro dentro do carro.
Multas,corro para um tom mais alto.
Daqueles em que rasgo a voz para entrar nas madrugadas
feitas só para escurecer.
Uma canção qualquer que seja uma mensagem p´ra você.
Que alcance as estrelas antes de amanhecer.
Estrelas não existem, só nas noites claras do interior.
Mesmo que esse interior esteja somente dentro da gente.
E se estrelas já não podes ver
talvez seja pelo mesmo veneno que te cega.
Quando não sabes o que te trago no peito
Quando não sabes bem quem sou
e o que tenho pra você.


João.

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