
Houve um tempo em que eu não quis acreditar
nessas coisas que se diziam “meus dias”...
Houve um tempo em que recusei
qualquer coisa que se dissesse minha, até mesmo o que sentia.
Ainda jovem minhas mentiras ditas ao vento
desintegraram-se como flores de bem-me-quer, mal-me-quer.
Foram as derrotas que me fazem hoje mais forte do que em outro tempo qualquer.
E as perdas que tive no caminho.
Quando avisavam-me que tinha perdido
não empobreceram meu espírito.
Eu não tinha mais o que perder...
E a cada passo as coisas tendem mais á serem como devem ser, eu sinto.
E eu sempre sentirei,
A cada frente fria,
a falta da sua companhia.
Mesmo sabendo que partirás á cada verão.
Nos instantes eternos em que não estás em mim.
Já que nem tudo aquilo que se sente precisa existir.
Como o tempo que não se conta mas nos faz correr.
Corro dentro do carro.
Multas,corro para um tom mais alto.
Daqueles em que rasgo a voz para entrar nas madrugadas
feitas só para escurecer.
Uma canção qualquer que seja uma mensagem p´ra você.
Que alcance as estrelas antes de amanhecer.
Estrelas não existem, só nas noites claras do interior.
Mesmo que esse interior esteja somente dentro da gente.
E se estrelas já não podes ver
talvez seja pelo mesmo veneno que te cega.
Quando não sabes o que te trago no peito
Quando não sabes bem quem sou
e o que tenho pra você.
João.
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