terça-feira, 20 de outubro de 2009

Canto solidão.


Daqui posso ver as luzes da cidade se apagando.
E com cada uma delas uma solidão a mais.
Há sempre alguém, sentado em alguma esquina,
Esperando por aquela que nunca virá.

Assim o que resta é dar as mãos ao acaso.
Ninguém tem muito tempo.
E quando tudo for passado,
procurará na alma o erro.

Lembro da música alta e da voz rouca.
De quem também sozinho sentia dor.
Passando por cima de tudo.
Com drogas, álcool e ilusões de amor.

Nunca foi desleal.
Sempre fiel ao que sentia.
Daquelas coisas que se sentem
em qualquer uma destas manhãs frias.

Quando ouvimos uma canção de amor.
Quando escorrem lágrimas sem explicação.
Que não são tristeza, tão pouco emoção.
É só um penar por essa condição.

Todos temos chance,
de reascender uma chama.
Se coloque do lado de lá e o mundo nunca mais será o mesmo.
As ruas não serão desertas e da sua solidão nascerá uma canção.



João.
(Foto: Atibaia-noite)

Um comentário:

uma poetinha... disse...

"Se coloque do lado de lá e o mundo nunca mais será o mesmo.
As ruas não serão desertas e da sua solidão nascerá uma canção."


PERFEITO.