quarta-feira, 7 de outubro de 2009

O vício de cismar.



Será que agora,
alguém lá fora,
ainda pensa em mim?


Se eu for embora agora,
nesta hora em que seus olhos estão fechados,
você acordaria sentindo falta?
A dor da ausência tomaria conta de ti?


Ou nada disso.
O contrário.
No teu calendário,
só mais um dia passado.
Um dia comum,
Ainda lembrará de nossas datas?
Ou guardará somente as senhas,
que precisa digitar?

E por que hoje é tão forte
aquilo que um dia certamente
não vai mais existir?
E se existir p´ra sempre.
Como eu faço p´ra esquecer?
E se o ditado estiver errado e a morte
não me deixar separado?

Será pecado tanto apego?
Esse mergulhar em paixão.
Será que Deus me perdoaria
por um dia deixar minha vida
em suas mãos?
Isso é vida vivida em vão?

Não quero mais a razão.
Quero o demasiado humano.
Quero um dia quente pra dividir o teu banho.
Quero ser mais animal, menos gente.
P´ra que de noite eu possa contar
aos meus sonhos livres,
os meus devaneios de prazeres insalubres.


João.

Um comentário:

uma poetinha... disse...

pois é...
não é compreensível teu todo, mas as partes falam tanto...