segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Se houver algum sentido(...)


Sublime na noite.
Há luzes em você.
Pensei em controlar a velocidade do teu corpo.
E esquecer o passado e te dar o prazer.
De esquecer o sono...



Luz é fundamental,
e havia tanta em teu sorriso.
Parecia tão real...
E pintando o meu auto-retrato,
descobri você nas tintas que escolhi.
E meus olhos coloriram.

Da química que formou o colorido dos teus olhos,
eu tive o sol e tive o ouro,
a imensidão das coisas, naquele estranho sonho,
me fez lembrar do tempo em que eu era criança.
E o futuro então era um longo caminho a se trilhar.
Hoje sei que o passado é um barco náufrago no teu mar...

De solidão, de abstinência, do coração sua dependência.
É tão bela como tua pele branca tão feminina,
Não que sejas mulher, sempre será menina.

Penso nos enigmas,
criados por minha solidão, não são devaneios do coração,
não é nada que pensaria dentro do meu juízo
não foi por mal, foi anormal.
nos sonhos inconscientes não há nada sensorial.

E não sei explicar o porquê da minha visão ser tão clara,
tão objetiva, uma experiência rara, tão diferente.
Meu pensamento deveria estar onde meu corpo está presente.
Mas como dominar os sonhos, condicionar a mente?

Sonhos tão reais, tinham até teu cheiro,
Eram banhos longos, eram dias inteiros.
Um dia de sol, mas sem calor,
Uma metafísica do tempo, uma forma de amor.
Não há notícias de amor natural, talvez seja um ato teatral,
Dias eternos não existem, não foi por mal,
não faz sentido essa retórica sentimental...


João

3 comentários:

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

Dias assim nunca acabam
e é o que não faz sentido...

Ana Franco disse...

Que lindo João... Me perco nos seus versos...

Um beijinho,

Ana Franco